Quando você avalia diferentes obras de fantasia e ficção, percebe que elas variam no nível de detalhamento. Algumas são incrivelmente robustas e repletas de informações, enquanto outras optam por uma abordagem mais leve, sem tanto foco nos detalhes. No entanto, isso não define se uma obra é boa ou ruim; são apenas formas diferentes de abordar a criação de mundos, ou como é popularmente conhecido, o worldbuilding.
Neste artigo, vamos explorar dois tipos principais de worldbuilding: o soft worldbuilding e o hard worldbuilding. Vamos entender as vantagens e desvantagens de cada um, e como escolher qual abordagem combina mais com o seu estilo de criação.
Diferenças no worldbuilding
Ao construir um universo de fantasia, você pode optar por um estilo mais solto, o soft worldbuilding, ou um mais rígido e detalhado, o hard worldbuilding. Entender a diferença entre eles é essencial para saber qual caminho seguir ao criar seu próprio universo.
Soft Worldbuilding
O soft worldbuilding é um método em que o criador não define com precisão todos os detalhes do universo. Isso significa que certos aspectos do mundo, como a lógica por trás dos poderes de um dragão ou a mecânica exata de uma magia, não precisam ser explicados com minúcias. O foco principal está nos personagens e no enredo. Um exemplo clássico desse tipo de construção é a série Harry Potter. Você não precisa entender exatamente como funciona a magia, ou por que bruxos têm essa habilidade, para apreciar a história e os personagens.
Ao optar por essa abordagem, você está liberando sua narrativa de explicações técnicas, permitindo que a imaginação flua mais livremente. Isso torna o desenvolvimento da história mais dinâmico e focado nas interações entre os personagens e o avanço do enredo.
Hard Worldbuilding
Por outro lado, o hard worldbuilding se aprofunda em cada aspecto do universo. Nesse estilo, você precisa definir como tudo funciona no mundo que está criando, desde a origem dos poderes mágicos até as línguas faladas por diferentes raças. Um exemplo notável é O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien, onde o autor passou anos desenvolvendo idiomas, mitologias e estruturas sociais para seu mundo fictício.
Essa abordagem é ideal para quem quer que o público mergulhe profundamente na lógica do universo. Ao oferecer um contexto detalhado, o hard worldbuilding enriquece a experiência do leitor, dando a sensação de que cada elemento está interligado e faz sentido dentro daquela realidade.
Qual abordagem de worldbuilding é ideal para você?
Agora que você entende a diferença entre esses dois estilos, como saber qual deles seguir? Se você gosta mais de desenvolver os personagens e não se preocupa tanto com a explicação detalhada do funcionamento do mundo, o soft worldbuilding pode ser sua escolha. Esse estilo permite criar mundos sem precisar mergulhar em explicações complexas, o que facilita a fluidez da história.
Por outro lado, se você gosta de planejar cada detalhe e se interessa por construir um universo coeso, onde tudo tem uma lógica interna bem definida, o hard worldbuilding pode ser a melhor opção. Essa abordagem geralmente requer mais tempo e dedicação, mas resulta em um mundo incrivelmente imersivo.
Conclusão
Não existe uma abordagem certa ou errada quando o assunto é criação de mundos de fantasia. O mais importante é entender qual estilo se alinha com o tipo de história que você quer contar. Seja no soft ou no hard, o que realmente importa é criar um mundo que suporte sua narrativa e permita que os leitores ou jogadores se conectem com ele. Então, qual será o seu estilo?
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